Design para solidão

capítulo dois:

fantasiar

A construção de heróis e a transformação social como mérito individual

Capitão América conhece Mister Buda,  Capitão America vol. 1 Marvel Comics Group 1976, pg. 12.  The Internet Archive.

NAcionalismo Heróico

Heróis na cultura pop

A Guerra Fria e a consolidação de um novo modelo global fez com que muitos países utilizassem figuras heróicas para promover ideologias nacionais e consolidar o patriotismo. 

 Veja ao lado um trecho de diálogo de uma dos primeiras publicações da HQ do Capitão América, lançada pela Marvel Comics Group em 1976.

Nela, o Capitão é destacado ao receber cores mais vivas em seu traje, que adota um tom de vermelho diferente daquele do Mister Buda. 

Além disso palavras como “si mesmo”, “servir”, “destino”, “virtudes” são enfatizadas enquanto a história evidencia no protagonista uma busca pelo “verdadeira eu”.

Selo Brasil Tri-Campeão Detentor Definitivo da Taça Jules Rimet – Pelé, Tostão e Jairzinho. Correios, 1970.

álbum esportivo catarinense, 1962.

Heróis pelo esporte

Enquanto a cultura pop era usada para promover o individualismo lá fora, os grandes heróis nacionais brasileiros surgiam pelo esporte, com nomes como Ayrton Senna e Pelé, personalizando um ideal coletivo de sucesso atrelado à posse pessoal de talento, carisma e determinação.


em resumo

Esse pós-guerra imediato via o coletivismo começar a sumir no ocidente, enquanto a responsabilidade individual era enfatizada. Através de iniciativas pulverizadas na cultura pop, a popularização de novas mídias contribuiu para a atomização dos grupos, enquanto ao mesmo tempo plantava o ideal de transformação social como mérito independente e individual em cada um deles.

Capítulo um: Estar

Capítulo três: Querer